Gouveia, Fornos de Algodres, Nelas e Mangualde trazem música AltaMente
O projeto Alto Mondego’ Rede Cultural continua a deixar marcas no território. Agora o mote é a música e as associações culturais do território voltam a ser os grandes protagonistas, numa iniciativa que envolve mais de 50 elementos da comunidade. O projeto chama-se AltaMente e é coordenado pelos músicos Bitocas e Artur Fernandes. A partir da identidade e tradições destes concelhos, as coletividades vão ser desafiadas a cooperar e a explorar novos caminhos artísticos. O resultado vão ser 8 espetáculos imperdíveis. O primeiro é já no dia 2 de abril, em Fornos de Algodres.
A Primavera é sinónimo de música no Alto Mondego. No total vão ser oito espetáculos a não perder. O primeiro ciclo de espetáculos que junta os participantes de Mangualde e Nelas decorre em abril e já tem datas marcadas. O segundo que junta Gouveia e Fornos de Algodres está previsto para junho.
A estreia está, assim, marcada para o dia 2 de abril, em Fornos de Algodres, às 21h30, no Anfiteatro do Olival da Vinha. No dia seguinte, 3 de abril, às 21h00, AltaMente chega ao Largo Dr. Couto, em Mangualde. A 10 de Abril, em Gouveia, às 21h00, o espetáculo sobe à Praça do Tribunal. A última apresentação será em Nelas no dia 23 de abril, às 21h30, no Paço dos Cunhas, em Santar.
Música estimula a cooperação artística numa história contada pelo som
“Uma história contada pelo som” é assim que Bitocas Fernandes resume o espetáculo que está a ser criado, no qual não vai faltar, como acrescenta, “surpresa, criatividade, ludicidade, casualidade, espontaneidade e estímulos sonoros” e em que a música chega “de forma não convencional” e desafia a “interatividade entre diferentes músicos e público”.
Os espetáculos vão ocorrer em espaços inusitados, até porque, em cima do “palco”, o espaço é o imaginário. Como explica Artur Fernandes, “representa simbolicamente o confronto e a interação das culturas e suas fronteiras nas diversas fases da relação com o desconhecido: a estranheza, o confronto, a curiosidade, a fusão, a partilha e a miscigenação de saberes”.
Tudo começou com a recolha de material artístico no território. “O recurso à tradição envolve repertórios, instrumentos e práticas musicais, objetos do quotidiano com aptidões sonoras, lengalengas e trava línguas e outras práticas orais de comunicação”, adianta Artur Fernandes que acrescenta que o processo criativo passou por “a partir de novos contextos criativos abordar estes conteúdos da tradição e, simultaneamente, propor novas formas de lidar com as ideias musicais, sem preconceitos”.
Neste momento estão a decorrer as capacitações das associações culturais. Bandas filarmónicas, coros, ranchos folclóricos, todos são bem-vindos. Diferentes estilos, o mesmo objetivo: dar a conhecer o melhor do Alto Mondego, através de espetáculos inéditos.
“Os participantes foram revelando espírito de curiosidade e disponibilidade para a experimentação mesmo para os conceitos mais fora da caixa ou menos convencionais. Mostraram ter espírito de cooperação e entusiasmo, o que contribuiu para excelentes momentos de descoberta e diversão”, explica Bitocas Fernandes que faz um balanço muito positivo das oficinas. “Este tipo de iniciativas contribuem para a coesão do território, essencialmente no que toca ao património imaterial. São facilitadoras para a interação entre as diversas instituições e territórios. Achamos que esta iniciativa tem potencial para contribuir para o surgimento ou reforço de novos movimentos artísticos na região”, remata.
Acompanhe em primeira mão todas as novidades na página do facebook da Rede Cultural do Alto Mondego.
O projeto “Alto Mondego Rede Cultural” junta os Municípios de Nelas, Mangualde, Fornos de Algodres e Gouveia e é cofinanciado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.