1. SITUAÇÃO
De acordo com a informação disponibilizada pelo IPMA, para as próximas 24 horas, realçam-se os seguintes aspetos:
Hoje, 08FEV
– Precipitação (persistente no Norte e Centro) e vento por vezes forte;
– Queda de neve (em especial na Serra de Estela-Torre);
– Agitação marítima forte na costa ocidental.
Amanhã, 09FEV
– Precipitação Forte e persistente no Norte e Centro (zonas montanhosas) Período mais crítico: 00 e 12UTC;
– Queda de neve acima de 1400 metros de altitude, essencialmente na serra da Estrela, descendo gradualmente a cota para 1000 metros nas Regiões Norte e Centro (em especial a na serra da Estrela e no extremo Norte);
– Possibilidade de trovoada (tarde) e queda de granizo no Norte e Centro. Redução de visibilidade devido a ocorrência de precipitação;
– Vento até 45 km/h do quadrante oeste, com rajadas até 80 km/h em especial no litoral, sendo até 55 km/h e com rajadas até 110 km/h nas terras altas;
– Persistência de vento forte com rajadas durante um longo período de tempo. com ligeiro desagravamento durante a manhã no Norte e Centro e durante a tarde no Sul;
– Neve até ao início da manhã pode chegar à cota de 1000 metros;
– Rajadas até 70 km/h, em especial no litoral, e até 90 km/h nas terras altas, até ao início da manhã;
– Queda de neve na Serra da Estrela, descendo temporariamente a cota para 1000 metros;
– Vento do quadrante oeste. Vento forte e com rajadas;
– Agitação marítima forte na costa ocidental.
Informação hidrológica relevante:
Prevê-se que precipitação acumulada até próximo dia 10 atinja os 150 mm nas regiões norte e centro do continente.
A precipitação local excessiva e persistente dos últimos dias poderá provocar cheias e inundações face à subida da altura dos rios e ribeiras do Alentejo (nomeadamente no vale do rio Sorraia, com submersão de pontes no concelho de Mora e galgamento da margem esquerda do rio em Coruche, com vigilância em relação à vila, e submersão de estradas) e Algarve. Com base na previsão de precipitação deverá ser mantida a vigilância sob as bacias do Tejo, Douro, Vouga e Mondego.
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Em função das condições meteorológicas presentes e previstas é expectável:
– Piso rodoviário escorregadio por eventual acumulação de gelo, neve e formação de lençóis de água;
– Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
– Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
– Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
– Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
– Danos em estruturas montadas ou suspensas;
– Possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia;
– Desconforto térmico na população pela conjugação da temperatura mínima baixa e do vento, nomeadamente nas terras altas.
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
A ANEPC recomenda à população a tomada das necessárias medidas de prevenção, nomeadamente:
– Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
– Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de gelo nas vias rodoviárias;
– Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
– Evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve e quando isso não for possível, adotar as seguintes medidas:
• Verificação do estado dos pneus e respetivas pressões;
• Transporte e colocação das correntes de neve nos veículos;
• Assegurar o abastecimento de combustível em níveis que permitam percorrer trajetos alternativos ou a permanência do veículo em funcionamento por longos períodos de tempo, em caso de retenção nas vias afetadas;
• Garantir que os sistemas de aquecimento dos veículos se encontram em bom estado de funcionamento;
• Providenciar alimentos adequados em quantidade e características, assim como medicamentos, de acordo com o número e tipologia de ocupantes dos veículos.
– Nas vias afetadas pela acumulação de água, são desaconselhadas viagens com crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais;
– Evitar circular naquelas vias com veículos pesados, em particular articulados, veículos com reboque e veículos de tração traseira;
– Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos ou árvores, em locais de vento mais forte;
– Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a estes fenómenos;
– Proceder à remoção de máquinas e alfaias agrícolas, bem como de amimais das zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de alagamentos e inundações
– Prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo);
Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.